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terça-feira, 3 de julho de 2018

AS CRIANÇAS SÃO O QUE VIVENCIAM? VAMOS PENSAR SOBRE ISSO?


O Projeto MAIS AMOR POR FAVOR e as entrevistas das famílias no dia da Feira do Livro, do 1º período ao 1º ano, me levaram a refletir ainda mais sobre a importância de trabalharmos as habilidades socioemocionais.


Educar as crianças nunca foi fácil, mas...nos dias atuais, nem se fala! Todos os estudos apontam que o estilo de educação dado pelos pais, tem uma influência preponderante no desenvolvimentos escolar, social e emocional dos filhos.
                
As crianças, como diz a autora Doroty Law Norte, aprendem o que vivenciam. Elas estão observando os pais (primeiros e principais exemplos) e educadores o tempo todo.
                
O filósofo Mário Sérgio Cortella fala muito sobre o agir de acordo com a ética que dizemos ter. Segundo ele, devemos pensar sobre a concretização desses ideais no cotidiano familiar e escolar. Não adianta falar uma coisa e agir de outra forma. A transmissão de valores acontece pelo exemplo, na rotina diária, já que conceitos tão teóricos, como ética, respeito e honestidade são muito abstratos para a criança pequena.

O exemplo é a base para que a criança adquira valores importantes para a vida, como a generosidade, o respeito, a sinceridade, a perseverança, a tolerância, entre outros. Se quem educa não demonstra esses valores, será mais difícil das crianças desenvolvê-los.
                   
Segundo La Taille, os valores morais e éticos que norteiam o comportamento do indivíduo precisam ficar claros. Por meio dos valores adquiridos na infância que se forma uma pessoa atuante e ética.
                   
A escola é parceira nessa formação e local fundamental para o exercício da arte de conviver com o outro, se posicionar e respeitar diferenças. Nesse universo coletivo, as crianças vivenciam situações que favorecem a colaboração, a afetividade e o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais.Incluir valores na educação, significa despertar, em cada indivíduo, os melhores sentimentos.



                    
Se a criança vivencia uma educação proativa, ela vai ter vontade, responsabilidade e coragem de propor uma nova situação e avaliar o cenário de possibilidades que tem. Diante da comprovada importância das habilidades socioemocionais, deveríamos começar a trabalhá-lhas desde cedo.
                    
É importante essa reflexão, porque não queremos que as crianças obedeçam regras, apresentem valores éticos e sejam empáticas somente quando o adulto está presente, ou por receio de perder algo. Desejamos que elas, via exemplo cotidiano, tenham esses conceitos em sua formação e acreditem na sua importância para si e para os outros.
                     
Podemos concluir que educamos em valores quando as crianças mostram que têm conhecimento e respeito por elas próprias e pelos outros, assim como aprendem a escutar os outros (e se fazem ser ouvidas), a serem solidárias e tolerantes, a compartilharem o que sabem, a resolverem conflitos e a tomarem decisões. Dessa forma, torna-se possível um desenvolvimento harmonioso e saudável.


DenisePhilot.
Psicóloga. Psicopedagoga. Especialista em Neurociência Pedagógica.
Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º Ano.

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