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terça-feira, 2 de outubro de 2018

HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA EDUCAÇÃO


Em agosto passado, participei de um Congresso voltado exclusivamente ao trabalho com as habilidades socioemocionais. Não lembro de ter visto, até hoje, as competências e habilidades socioemocionais tratadas como protagonistas na educação (que alegria!), nesses tantos congressos que já participei ao longo desses anos. Com a BNCC, esse trabalho ganhou destaque.

“The Good Project”
Nesse Congresso, um dos palestrantes (e o mais esperado deles, afinal, era uma oportunidade ímpar), o Howard Gardner, psicólogo e pesquisador da Universidade de Harvard e autor da teoria das inteligências múltiplas, falou sobre o “The Good Project” (Trabalho ou Projeto do Bem), que está sendo desenvolvido por ele e sua equipe. Em 1995, ciente que suas ideias estavam sendo mal interpretadas e usadas para segregar cidadãos de diferentes etnias, ele, com a ajuda de mais dois psicólogos de Harvard, criou o Trabalho do bem, uma plataforma que busca entender como pessoas que desejam fazer um “trabalho do bem” obtêm sucesso ou fracasso em uma época onde tudo muda muito rápido e a noção de tempo foi alterada pela tecnologia. Foi quando ele resolveu conectar as múltiplas inteligências a um sistema de valores, abrangendo o que significa ser uma boa pessoa, um bom profissional e um bom cidadão.
Tais estudos levaram os psicólogos a desenvolverem novos recursos voltados à sala de aula, como os guias sobre colaboração e cidadania digital.
Nossa escola e as habilidades socioemocionais
Há tempos essas habilidades permeiam o nosso trabalho na Babylândia e Atuação, pois a formação precisa ir além da acadêmica – precisa ser para a vida. Do que adianta um currículo brilhante se a pessoa não sabe trabalhar em equipe? Não sabe lidar com a frustração? Não sabe ser proativa e tomar decisões frente ao inesperado ou controverso? É preciso ter, de fato, diferentes olhares para a educação.
Tornar-se adulto, é ser gestor de si mesmo. Abordar as competências socioemocionais é colaborar com a formação de um indivíduo saudável, empático e responsável por seus atos.
A escola que se importa com esse trabalho é uma escola essencial, que faz diferença na vida do outro. Uma criança ou um jovem (e, portanto, um aluno) emocionalmente frágil, não aprenderá de forma plena e prazerosa. Uma escola onde as competências socioemocionais são trabalhadas cria uma conexão com o aluno, o conhece e se dispõe a ouvi-lo e ajudá-lo no que, de fato, ele precisa.
Essas competências se desdobram em atitudes, valores e comportamentos que podem ser aprendidos e experimentados na relação com o outro.
Importante dizer que estimular e dar importância às habilidades socioemocionais não significa diminuir a importância dos conteúdos curriculares. Pelo contrário, esse trabalho ajuda e dá segurança e motivação para a aprendizagem.
BNCC e a educação socioemocional
Com a BNCC, a educação socioemocional mostra-se relevante, já que está presente em seis das dez competências gerais e todas as escolas deverão implemantá-las até 2020. Mas, quais os benefícios dessa educação?

- auxilia a formação de pessoas com boa autoestima, resilientes e proativas.
- auxilia na superação de desafios.
- promove o saber trabalhar em equipe.
- melhora o desempenho acadêmico.
- reduz ansiedade e depressão.
- encoraja o convívio com as diferenças.
- previne o bullying.
- estimula escolhas responsáveis e éticas.

Esse trabalho contribui para a formação de um cidadão mais completo para os desafios do século XXI, priorizando a reflexão, o autoconhecimento, as emoções, a escuta e o diálogo, o questionamento, a investigação, entre outros, e dando total importância ao debate de ideias, a linguagem e o interesse dos alunos, de forma planejada, estruturada e cuidadosa.
É essa escola encantadora e conectada com as necessidades dos alunos que propomos ser! A parceria escola-família é fundamental nesse trabalho. Vamos juntos?

Denise Philot.
Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º Ano.




          

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