Segundo a neurociência, é no cérebro afetivo-emocional que
as emoções se organizam, em regiões interconectadas, e determinam a
concentração, a atenção, a memória e o prazer de aprender.
A emoção, seja ela positiva ou negativa, interfere no
cognitivo e nos pensamentos (afinal, somos seres sociais e afetivos). Através
do afeto, as emoções negativas podem ser reeditadas, favorecendo tanto o
aprendizado, quanto a relação professor-aluno.
Vygotsky afirma que as reações emocionais exercem influência
sobre o comportamento no processo educativo, pois as funções complexas do
pensamento são efetivadas pelas trocas sociais, tendo o afeto, papel
preponderante. Ainda segundo Vygotsky (2004), “sempre que comunicamos alguma
coisa a algum aluno devemos procurar atingir seu sentimento”.
A escola é um lugar essencialmente da socialização, da
convivência e da interação, onde as relações afetivas têm papel preponderante.
Assim, o ponto de partida do trabalho em sala de aula deve ser a emoção. O
afeto, a curiosidade e o estímulo atuam no início para canalizar a atenção e
depois para ajudar a memória no resgate das informações.
O ensino precisa ser desafiador e proporcionar meios para
que o aluno dê sentido ao que está aprendendo, que saiba relacionar, refletir e
dar novos significados às informações.
Com a Neurociência, a motivação e a afetividade associadas à
aprendizagem, ganharam base científica.
As descobertas da Neurociência nos mostram que através de
atividades prazerosas e desafiadoras, acontece o “disparo” entre as células
neurais: as sinapses se fortalecem e as redes neurais se estabelecem mais
facilmente.
Os estímulos que a criança receber, as dificuldades que
enfrentar e as hipóteses que levantar para vencer desafios e se adaptar às
muitas questões do ambiente, vão definir os caminhos de seu desenvolvimento.
Denise Philot
Coordenadora
Pedagógica do Berçário ao 1º ano
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