“Não há educação sem amor. O amor
implica e luta contra o egoísmo. Quem não é capaz de amar os seres inacabados
não pode educar. Não há educação imposta, como não há amor imposto.” (Paulo Freire).
Certamente, aprendemos melhor numa
esfera de amor. Na educação, esse amor traduz-se em afeto.
O afeto, na sua definição
etimológica, tem o caráter da neutralidade, ou seja, pode expressar sentimento
de agrado ou desagrado. Quando, contudo, ele vem da prática da educação baseada
no amor, se transforma em estímulo para a aprendizagem (tanto para aprender,
quanto para educar). Yves de La Taille (1992) disse que
“o afeto é uma mola propulsora das ações, e a razão está a seu serviço”.
O afeto estimula a conexão dos
neurônios, a criação e a consequente lembrança de registros (memória). Segundo o neurocientista Antonio
Damásio (2006), a função atribuída às emoções na criação da racionalidade tem
implicações em algumas das questões com as quais a nossa sociedade defronta-se
atualmente e, entre elas, a educação.
A aprendizagem e o desenvolvimento
cognitivo estão sempre reinventando-se. Pela plasticidade, o cérebro se
remodela para pensar e aprender e a mediação afetiva é quem dispara esses
processos, pois o afeto estimula dois mecanismos fundamentais da memória: a
fixação (acréscimo de informações) e a evocação (informações assimiladas
anteriormente).
Gostou? Continua no próximo post.
Denise Philot – Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º
ano
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