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terça-feira, 8 de março de 2016

LIMITE: PONTO FUNDAMENTAL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.

 No contínuo processo de evolução, a criança sofre constantes mudanças - necessárias para o seu amadurecimento.


A transmissão de segurança emocional aos filhos começa desde cedo, enquanto ainda bebês, e passam pela via dos limites, que vão sendo internalizados pelas crianças.

No decorrer do desenvolvimento, com a aquisição da linguagem, a criança começa ainda mais a expressar o que deseja; é um momento que coincide com o controle dos esfíncteres. A criança passa a tentar controlar as situações, tentando colocar o “outro” (no caso, pais e professores) à sua mercê. É nessa interação que vai acontecendo o desenvolvimento.

Por volta dos 6 anos, a criança já tem condições de realizar escolhas, diante das quais os adultos devem ter bom senso e coerência.

Quem vai ensinar a criança a ser é o limite.



O LIMITE objetiva dar contornos a criança, dando segurança e apoio.

Estabelecer limites é, antes de tudo, uma questão de bom senso. Quando não se passa com clareza os limites, quando estes vêm mais da impulsividade e do momento do adulto do que de uma ação consciente de educação, os resultados são desastrosos.

Estabelecer limites significa dar noção de realidade à criança. Sem cortes e sem faltas, mergulha-se no mundo do capricho, da vontade imperiosa, afastando-se do desejo, essencial à realização de todo ser humano.


Agora cuidado, limite não é autoritarismo!

Precisamos tomar cuidado com os dois extremos:

- o excesso de negativas e as atitudes autoritárias são prejudiciais ao desenvolvimento da criança, porque podem vir a tolher suas expressões emocionais, sua expressão motora, sua capacidade criativa e o exercício de sua maneira de lidar (e desafiar) o mundo.

- o excesso de tolerância também é prejudicial, pois não permite a criança o desenvolvimento do senso crítico, além de sugerir uma indiferença por parte dos adultos.

Nada de incoerência e ambivalência

O adulto precisa ser “coerente” em suas atitudes e evitar situações contraditórias, como ilustra o ditado popular “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. A incoerência e a ambivalência confundem a criança que aprende, por meio da observação que faz das atitudes do adulto.

Dessa forma, estabelecer limites é ajudar a criança a se perceber como um ser entre muitos outros seres, onde cada um tem seu modo de sentir e agir, mas que todos se respeitam.

É essencial que os educadores (pais, professores e familiares) se conscientizem da função protetora do “não”, ao ser colocado com afeto, coerência e bom senso. Colocar limites representa proteção, segurança e cuidado.

 A função do limite não é agredir ou privar as crianças, mas ajudá-las a se inserir no princípio da realidade, entendendo que têm direitos e privilégios, assim como deveres e responsabilidades.

                                                                                
  Denise Philot.
                                                                                   Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º Ano.
                                                                                  ;denise@babylandiaeatuacao.com.br






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