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sexta-feira, 7 de abril de 2017

SEMANA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO

Em virtude das necessidades específicas de aprendizagem, é necessário identificar algumas características de aprendizagens singulares dos alunos com autismo e as implicações destas práticas educacionais, sempre colocando a afetividade como parâmetro de apoio.

Para que haja uma boa inclusão, é necessário em primeiro lugar olhar para a criança com afetividade e empatia, para que os conteúdos estruturantes e específicos sejam entendidos, pensados, planejados e executados considerando suas relações conceituais e ensinados de forma lúdica e interdisciplinar, com uma abordagem a partir do contexto social, cultural, ético, tecnológico em que a escola está inserida, visando também uma melhor maneira de se aplicar estratégias para minimizar as dificuldades da inclusão.

A formação do educador e o seu conhecimento científico a respeito do assunto tornam-se essenciais para a identificação do transtorno. Da mesma sorte, sua capacitação pedagógica no exercício docente possibilitará uma educação adequada. Apesar de níveis de comprometimentos dissimilares, é comum o aluno com autismo apresentar algumas características mais marcantes que inicialmente poderão interferir na sua aprendizagem: o déficit de atenção, a hiperatividade, as estereotipias e os comportamentos dissociativos.

Para Coll et al., (2004, p. 62) “a colaboração entre pais e professores é importante para melhorar a generalização nos alunos com autismo” e quanto maior for o empenho pela coordenação entre a casa e a escola, maior será a probabilidade de “os alunos aplicarem o que aprenderam a situações, contextos e ambientes diferentes”.

É importante salientar que a presença da família na relação entre o autista e a escola pode criar vínculos com o processo de aprendizagem, com o professor e com o espaço escolar.
Cunha (2012, p. 54), “diz que a criatividade e a colaboração são, sem dúvidas, pleitos da contemporaneidade”. Na educação de alunos com necessidades educativas especiais “os parâmetros que dão suporte ao procedimento do professor e que deixam patentes ensinamentos que permitam um bom desempenho profissional”, onde mostra que “cada aluno aprende de forma diferente; cada aluno reage diferentemente diante do conhecimento; cada aluno possui uma lógica própria e o professor deverá contar com seu conhecimento e sensibilidade para mediar à aprendizagem”.

Esses parâmetros abordados pelo autor reforçam a concepção que a Educação inclusiva compreende a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos, favorecendo a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar, uns mais graves outros mais brandos, porém todos devem ser tratados com igualdade e o mesmo envolvimento.

Essa unificação da escola inclusiva e escola regular abrangem diversas perspectivas favoráveis à educação. A inclusão desde a educação infantil implica em pensar em seus espaços, tempos, profissionais, recursos pedagógicos e outros fatores voltados à adaptação desses alunos, para a possibilidade de melhor acesso, permanência e desenvolvimento pleno, não só deles que em virtude de suas particularidades, apresentam necessidades educacionais que são especiais, mais também de alunos regulares.

O fazer pedagógico na educação inclusiva é de vital importância para o aprendizado, pois há necessidades que interferem de maneira expressiva no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoio especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.

Não basta falar sobre a inclusão. Temos que agir para que as coisas aconteçam de fato.

Cada um dos alunos tem suas características e dificuldades; dessa forma, todos precisam de atenção individual.

Para trabalharmos com as especificidades, há adaptações curriculares e diferentes abordagens.

Todos na escola precisam estar envolvidos no processo, trocando informações, sugestões e experiências e, acima de tudo, terem o afeto como base da relação com os alunos.

Pequenas atitudes e ações fazem a diferença.

Refletir e buscar o aperfeiçoamento de todas as ações pedagógicas é o caminho para propostas que realmente incluam todos os alunos.





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