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segunda-feira, 8 de abril de 2019

A BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL



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O brincar é intrínseco à infância. Com o excesso de atividades cotidianas e o uso prematuro de tablets e celulares, a criança vem sofrendo um sufocamento desse tempo do brincar livre, que é a verdade da criança e a ajuda a se conhecer, assim como a conhecer o outro e o mundo.

Os benefícios dessa fase são para a vida. É preciso repensar o excesso de informação, materiais e agenda de atividades, para que as crianças possam ter contato com elas mesmas... para que possam simplesmente brincar!

Quando a criança brinca, ela elabora e expõe sentimentos e necessidades; ela acessa suas habilidades e se coloca. Hoje, devido aos riscos dos centros urbanos, as crianças estão mais “emparedadas”; é preciso buscar espaços para que a criança interaja e esteja em lugares mais amplos, principalmente em contato com a natureza, e ter a oportunidade de manipular e explorar água, terra, areia, plantas, etc. Também é preciso buscar ações que possibilitem uma infância rica em oportunidades culturais.

“Estamos criando adultos menos criativos, mais robotizados, que precisam estar ocupados o tempo todo e que sentem que está sempre faltando alguma coisa”, explica a psicomotricista e psicopedagoga Luciana Brites, do projeto NeuroSaber (SP), na reportagem da Revista Crescer.

Precisamos avaliar a importância de diminuirmos a quantidade de certos brinquedos, para que as crianças tenham contato também com a criação livre, genuína da própria infância. Por exemplo, se elas tiverem pedras e areia como recursos, farão delas um rico universo de múltiplas possibilidades, mais do que alguns brinquedos proporcionariam. O excesso de determinados brinquedos e de eletrônicos pode ser restritivo ao imaginário infantil. Como para tudo na vida, o caminho é o equilíbrio. Não é o “não poder”, mas sim que essas não sejam as principais atividades da criança.

É preciso entender que a criança precisa ficar um pouco sozinha, para fazer as coisas no seu tempo e desenvolver a criatividade – ou simplesmente aprender a tolerar esse momento sem aflição”, diz o pediatra Roberto Cooper (RJ).

Para ele também, “muito tempo com aparelhos leva a criança a se acostumar a vivenciar tudo muito rápido. Então, qualquer coisa com menos velocidade vai entediar”, explica na reportagem da Revista Crescer.

 A criança precisa do tempo dela e da sua linguagem genuína, que é o brincar, para pensar e criar. Assim, ela vai aprender a encontrar alegria em vários momentos da vida e ter grandes projetos e ideias, para agora e para o futuro.


                                                                                                                                              Denise Philot.
                                                                               Coordenação Pedagógica Educação Infantil e 1º Ano.


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