A transmissão de segurança emocional aos filhos começa desde
cedo, enquanto ainda bebês, e passam pela via dos limites, que vão sendo
internalizados pelas crianças.
No decorrer do desenvolvimento, com a aquisição da
linguagem, a criança começa ainda mais a expressar o que deseja; é um momento
que coincide com o controle dos esfíncteres. A criança passa a tentar controlar
as situações, tentando colocar o “outro” (no caso, pais e professores) à sua
mercê. É nessa interação que vai acontecendo o desenvolvimento.
Por volta dos 6 anos, a criança já tem condições de realizar
escolhas, diante das quais os adultos devem ter bom senso e coerência.
O LIMITE objetiva dar contornos a criança, dando segurança e
apoio.
Estabelecer limites é, antes de tudo, uma questão de bom
senso. Quando não se passa com clareza os limites, quando estes vêm mais da
impulsividade e do momento do adulto do que de uma ação consciente de educação,
os resultados são desastrosos.
Estabelecer limites significa dar noção de realidade à
criança. Sem cortes e sem faltas, mergulha-se no mundo do capricho, da vontade
imperiosa, afastando-se do desejo, essencial à realização de todo ser humano.
Agora cuidado, limite não é autoritarismo!
Precisamos tomar cuidado com os dois extremos:
- o excesso de negativas e as atitudes autoritárias são
prejudiciais ao desenvolvimento da criança, porque podem vir a tolher suas
expressões emocionais, sua expressão motora, sua capacidade criativa e o
exercício de sua maneira de lidar (e desafiar) o mundo.
- o excesso de tolerância também é prejudicial, pois não
permite a criança o desenvolvimento do senso crítico, além de sugerir uma
indiferença por parte dos adultos.
Nada de incoerência e ambivalência
O adulto precisa ser “coerente” em suas atitudes e evitar
situações contraditórias, como ilustra o ditado popular “faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço”. A incoerência e a ambivalência confundem a criança que
aprende, por meio da observação que faz das atitudes do adulto.
Dessa forma, estabelecer limites é ajudar a criança a se
perceber como um ser entre muitos outros seres, onde cada um tem seu modo de
sentir e agir, mas que todos se respeitam.
É essencial que os educadores (pais, professores e
familiares) se conscientizem da função protetora do “não”, ao ser colocado com
afeto, coerência e bom senso. Colocar limites representa proteção, segurança e
cuidado.
A função do limite
não é agredir ou privar as crianças, mas ajudá-las a se inserir no princípio da
realidade, entendendo que têm direitos e privilégios, assim como deveres e
responsabilidades.
Denise
Philot.
Coordenadora Pedagógica
do Berçário ao 1º Ano.
;denise@babylandiaeatuacao.com.br
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