O Projeto MAIS AMOR POR FAVOR e as entrevistas das famílias
no dia da Feira do Livro, do 1º período ao 1º ano, me levaram a refletir ainda
mais sobre a importância de trabalharmos as habilidades socioemocionais.
Educar as crianças nunca foi
fácil, mas...nos dias atuais, nem se fala! Todos os estudos apontam que o estilo de educação dado pelos pais, tem uma
influência preponderante no desenvolvimentos escolar, social e emocional dos
filhos.
As crianças, como diz a
autora Doroty Law Norte, aprendem o que vivenciam. Elas estão observando os
pais (primeiros e principais exemplos) e educadores o tempo todo.
O filósofo Mário Sérgio
Cortella fala muito sobre o agir de acordo com a ética que dizemos ter. Segundo
ele, devemos pensar sobre a concretização desses ideais no cotidiano familiar e
escolar. Não adianta falar uma coisa e agir de outra forma. A transmissão de
valores acontece pelo exemplo, na rotina diária, já que conceitos tão teóricos,
como ética, respeito e honestidade são muito abstratos para a criança pequena.
O exemplo é a base para que a criança adquira valores importantes para a vida,
como a generosidade, o respeito, a sinceridade, a perseverança, a tolerância,
entre outros. Se quem educa não demonstra esses valores, será mais difícil das
crianças desenvolvê-los.
Segundo La Taille, os
valores morais e éticos que norteiam o comportamento do indivíduo precisam
ficar claros. Por meio dos valores adquiridos na infância que se forma uma
pessoa atuante e ética.
A escola é parceira
nessa formação e local fundamental para o exercício da arte de conviver com o
outro, se posicionar e respeitar diferenças. Nesse universo coletivo, as
crianças vivenciam situações que favorecem a colaboração, a afetividade e o
desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais.Incluir valores na educação, significa despertar, em cada indivíduo, os
melhores sentimentos.
Se a criança vivencia
uma educação proativa, ela vai ter vontade, responsabilidade e coragem de
propor uma nova situação e avaliar o cenário de possibilidades que tem. Diante
da comprovada importância das habilidades socioemocionais, deveríamos começar a
trabalhá-lhas desde cedo.
É importante essa
reflexão, porque não queremos que as crianças obedeçam regras, apresentem
valores éticos e sejam empáticas somente quando o adulto está presente, ou por
receio de perder algo. Desejamos que elas, via exemplo cotidiano, tenham esses
conceitos em sua formação e acreditem na sua importância para si e para os
outros.
Podemos concluir que
educamos em valores quando as crianças mostram que têm conhecimento e respeito
por elas próprias e pelos outros, assim como aprendem a escutar os outros (e se
fazem ser ouvidas), a serem solidárias e tolerantes, a compartilharem o que
sabem, a resolverem conflitos e a tomarem decisões. Dessa forma, torna-se
possível um desenvolvimento harmonioso e saudável.
DenisePhilot.
Psicóloga. Psicopedagoga. Especialista em Neurociência Pedagógica.
Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º Ano.
Psicóloga. Psicopedagoga. Especialista em Neurociência Pedagógica.
Coordenadora Pedagógica do Berçário ao 1º Ano.
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